A Causa - Associação Cultural, em parceria com o concelho de vereadores da cultura da área metropolitana do Porto, promoveu uma iniciativa chamada: “Conto de Comboio”, de 10/Dezembro/07 até 11/Janeiro/08.
Trata-se da revitalização de uma actividade/profissão que caiu em desuso ou esquecimento, mas que existiu em tempos remotos da história da indústria e do operariado, principalmente no mundo anglo-saxónico: o Leitor.
Directamente na linha de montagem, esta figura tinha como função, nos alvores da era industrial, ler romances, jornais, notícias e artigos de diferentes géneros aos colegas trabalhadores. O Leitor era pago por esses mesmos colegas, que retiravam uma pequena parte dos seus modestos salários em troca da leitura durante as longas horas de trabalho. Este fenómeno contribuiu para a literacia, alfabetização, educação e incremento de cultura geral nas classes operárias mais desfavorecidas e tradicionalmente iletradas.
Os tempos mudaram com a automatização e a mecanização maciça da indústria; já não existe sequer uma linha de montagem silenciosa e o próprio conceito de operário foi-se dissolvendo. Mais importante ainda: a significativa flutuação da mão-de-obra dos sectores primário e secundário para o terciário.
Certamente ninguém poderá imaginar hoje um Leitor num escritório ou numa loja comercial, no entanto, consideramos que no quotidiano do trabalhador suburbano hodierno existe um espaço, ou melhor, um tempo, no qual uma leitura poderá ser presença frutuosa e pertinente: a viagem de comboio para o trabalho. Estas viagens ocupam muitas vezes duas ou mais horas do dia à dia do trabalhador, e nós queremos preencher esse tempo, com uma actividade cultural de qualidade: a leitura dentro do comboio durante a viagem.
Trata-se da revitalização de uma actividade/profissão que caiu em desuso ou esquecimento, mas que existiu em tempos remotos da história da indústria e do operariado, principalmente no mundo anglo-saxónico: o Leitor.
Directamente na linha de montagem, esta figura tinha como função, nos alvores da era industrial, ler romances, jornais, notícias e artigos de diferentes géneros aos colegas trabalhadores. O Leitor era pago por esses mesmos colegas, que retiravam uma pequena parte dos seus modestos salários em troca da leitura durante as longas horas de trabalho. Este fenómeno contribuiu para a literacia, alfabetização, educação e incremento de cultura geral nas classes operárias mais desfavorecidas e tradicionalmente iletradas.
Os tempos mudaram com a automatização e a mecanização maciça da indústria; já não existe sequer uma linha de montagem silenciosa e o próprio conceito de operário foi-se dissolvendo. Mais importante ainda: a significativa flutuação da mão-de-obra dos sectores primário e secundário para o terciário.
Certamente ninguém poderá imaginar hoje um Leitor num escritório ou numa loja comercial, no entanto, consideramos que no quotidiano do trabalhador suburbano hodierno existe um espaço, ou melhor, um tempo, no qual uma leitura poderá ser presença frutuosa e pertinente: a viagem de comboio para o trabalho. Estas viagens ocupam muitas vezes duas ou mais horas do dia à dia do trabalhador, e nós queremos preencher esse tempo, com uma actividade cultural de qualidade: a leitura dentro do comboio durante a viagem.
"Conto de Comboio": Agência Lusa, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, RUM, Rádio Renascença, AMP, Primeiro de Janeiro, Rádio Clube Português
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